Padrões incompletos
Mais presente se faz aquilo que está ausente. Constato que nesses tempos do pouco nascer são as auras daqueles que direito tinham de lumiar e não acederam, que preenchem o pesado sentir que permeia o éter. Vossasenhoria perceba que o movimento do simples deslizar no vento, no graminhá, nestas partes de tempos e terras, parecem contra-inerciais com mais intensidade.
Carregamos pedras mesmo no repousar, pressões do faltante sobre aquelas dos tão presentes à tempos anteriores. Com o surdo golpe de cabeça de aço quebram-se os granitos que topamos no caminho que se segue. Mas marreta alguma acerta naquilo que não se vê ou toca. Pedras dos faltantes, ausentes por si próprias, são as cruzes que nosso Senhor nos deu para todo sempre suportar.
Imagem de Ivan Tsaregorodtsev no Unsplash |
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